Alberto Léon, o ex-betetista que, presumivelmente, servia de “distribuidor” de produtos dopantes na Operação Puerto e que, recentemente, foi novamente associado à Operação Galgo foi encontrado morto na casa do seu irmão em San Lorenzo de El Escorial, a norte de Madrid. Léon, terá sido vítima de enforcamento cabendo a investigação da Guardia Civil o apuramento das circunstâncias que levaram ao seu falecimento. De acordo com a rádio Cadena Ser, Léon vivia em casa do seu irmão e enfrentava uma depressão alegadamente provocada pelo pedido de divórcio da sua mulher.
León, antigo praticante de BTT, apareceu primeiramente na imprensa após a sua detenção aquando da Operação Puerto, na qual seria o “estafeta” de Eufemiano Fuentes para a distribuição de produtos dopantes e para o transporte de bolsas de sangue. Na altura da sua detenção, em Maio de 2006, Léon tinha em sua posse uma passagem aérea para Milão que coincidia com a última semana da Volta a Itália.
Após o arquivamento da Operação Puerto nos Tribunais – a falta de uma legislação antidopagem à altura impediu acusações mais severas -, Léon remeteu-se ao anonimato até a recente eclosão da Operação Galgo. O seu nome voltou a estar associado às investigações da Guardia Civil onde voltou a ser questionado pelo trabsporte de produtos dopantes e por auxílio à dopagem juntamente com o seu alegado “mentor”, Eufemiano Fuentes.
Recorde-se que a Operação Galgo foi noticiada a 9 de Dezembro tendo, nos 14 arguidos, sido referenciados algumas das figuras gradas do atletismo espanhol: Marta Domínguez, campeã do mundo dos 3.000 metros obstáculos e tida como a melhor atleta espanhola de sempre, além de treinadores conceituados como Manuel Pascua e César Pérez além do médico Eufemiano Fuentes, entre outros. A mesma operação estabeleceu ainda alguns vínculos ao atletismo português, nomeadamente ao velocista Francis Obikwelu, alegada identificado em escutas telefónicas como “cliente” da rede gerida por Fuentes.
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