Apresentação da Equipa

Encontro-->Todos os domingos ás 08h30 em frente da Câmara Municipal da Maia.

Somos um grupo de BTT amador que existe desde Outubro de 2007, constituída por um grupo de Amigos que valoriza a prática deste desporto e as voltas domingueiras no norte país. A equipa terá como objectivos para o ano de 2012/2013 adquirir novos elementos. Queremos fazer crescer ainda mais este grupo, se gostas de BTT e te identificas com o conceito saudável e de companheirismo com o qual nos identificamos aparece, serás bem recebido.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

A Verdade da Foto



Para este propósito escolhi dois lemas da modalidade betetista; o BTT não deve ser sinónimo de sofrimento; estarmo-nos bem, física e psicologicamente, para alcançar o sucesso.
É deste famigerado final que me proponho a expor um pequeno relato repositório da verdade, dum passeio amargado, tendo como prova deste desfecho, a imagem aqui publicada,o que muitas vezes, esta e muitas outras, não nos dá a sua real vivência.
Atento à deferência que devemos ter a este tipo de desporto.

Após o evento, maratona de Ponte de Lima, patrocinado, pela School Eventos, em 28 de Março de 2009, um amigo descarga o track na intenção de o fazer-mos, sem stress e sem a habitual pressão comum destas andanças. Esse fatídico sábado, para além de não ter estado nas melhores condições humorísticas, e, me terem emprestado uma máquina diferente da minha, era dia de não praticar esta modalidade, (pelo menos para mim). Com todas estas contrariedades, não queria fazer o percurso, mas, como tudo na vida, quando temos algo que nos alimenta a alma, acedi à chamada e lá fomos quatro aventureiros sentir a adrenalina dos montes Minhotos.

O GPS informava uma maratona de 80km e um acumulado de 1800 m. Nada que já não o tivéssemos feito, pelo contrário, os nossos passeios embelezam-se destas características, ou pior.
No início, 11h00, a paisagem convidava a maravilha-la pelas Vias Verdes. Com a minha experiência acumulada, tudo aquilo não passava de um início adocicado com fortes probabilidade de azedar.
Conformado, inicia-se a primeira de muitas subidas ao Km7, indo de uma cota de 8 para 460m. A subida era enorme e íngreme, muito boa para um aquecimento inicial. Já com 65kms pedalados, começo a sentir os primeiros sintomas de fraqueza e, a diferença de bike. A que eu levava era uma máquina de provas, dando-me um desconforto no qual não estava preparado. A posição era de uma curvatura, frontal claro, que me pôs a coluna num “8”.

Ao sentir o asfalto peço aos meus companheiros que me indiquem o caminho para o carro. Em uníssono ouço o que não queria, que seria para completar o objectivo traçado. Superadas as indecisões, prosseguimos o trajecto às ordens de um GPS. Engraçado era ouvir o guia dizer, com uma determinação própria de betetista, que iríamos ter descidas radicais e, aquando das proferidas palavras, aparecia-nos uma daquelas subidas de suster a respiração; eu até trocava os olhos.
Não esqueço, na companhia do mais novo do grupo e fisicamente mais preparado, o seu incitamento para as “milhentas subidas”. Era bom ouvi-lo, mas já não tinha pachorra para olhar o céu quanto mais aceitar os seus alentos. Foi um bom companheiro sem dúvida, não sendo mais que os outros que, não fosse a fraqueza a dominar o grupo, estaríamos todos juntos, assim tivemos o contrário, o dispersamento levava a que cada um se gerisse a si próprio.

Gestão esta dificultada pelo Corno de Bico,
http://www.cm-paredes-coura.pt/portal/page/paredesdecoura/portal_municipal/Turismo/Corno_de_bico que o apelidei de Corno Bicudo, mediante as vezes perdidas por lá passadas, ficando com a sensação de, dali não sair, ao andarmos sempre em vota do mesmo. Eu não estava a acreditar neste dia. Uma coisa sei, não era o meu dia de praticar BTT. Com isto foi pena não puder desfrutar das maravilhosas paisagens, que este monte nos oferece:http://www.panoramio.com/user/6053/tags/Corno%20do%20Bico
Acabava-se a comida sólida e fico só com água. Mau presságio este, eu como bom conhecedor destes perigos, deixo-me levar pelo engano de ficar sem alimento. Há que receber bem a chegada da, tão famosa, desidratação. Nada a fazer.
Mais uma vez, à volta do Corno Bicudo, tento, a todo o custo, gerir a falta de forças e discernimento.
Com o grupo cada vez mais disperso, fico na companhia do guia e da minha sombra. Começava a ficar noite, já íamos com 7H30 de pedal e lá vinha nova informação do GPS, que teríamos de subir, outra vez, até ao Corno Bicudo. Aqui imperou a imprudência dos restantes elementos, ao decidirem o prosseguimento da viagem até ao cimo. Eu, das poucas vezes, não tive escolha, sigo com frio, esgotado e a pé.
Não sei como, mas lá apareceram as tão prometidas descidas, embora muito acidentadas, de tal forma, que um arbusto mais zangado me atirou ao rego. Novamente em asfalto, suspiro de alívio e penso ter terminado. Errado…. à que virar à direita e circundar o monte para chagarmos ao carro. Não para mim estava feito, não fui mesmo. Tomado pelo socorro do elemento mais novo, segue-se em conjunto por estrada até à “meta”.
Acabamos eram 20H15m, com os tais 1800 acumulados e 80km amargados. Encontrava-mos todos cansados, porém eu não era eu, mas sim o meu espírito.

Quem sente o espírito betetista sabe, que este desporto, independentemente da sua beleza, requer respeito, boa condição física e psíquica, no contrário disto, acontece o que a imagem nos espelha. Dor, tristeza e sofrimento.
Respeito pelos trilhos, na máquina e de uns pelos outros, (falo de situações de extremo, como é o caso), levar-nos-á a dias inesquecíveis e cheios de alegria, algo para contar, belezas que nos marcam e novas imagens, mais promissoras.
Todos nós, com certeza, vimos imagens de profissionais, do mundo ciclístico, onde têm tudo para o serem, a tombarem para o lado aquando duma etapa mais difícil!!! E nós treinadores de berma, acorremos em defesa do seu fracasso. Mas quando toca no nosso amadorismo, imediatamente desancamos no funesto herói, que por falta de patrocínios e de preparador físico, falhou no meio do monte.

Contudo é com esta verdade, que o desporto em causa, nos dá mais alegrias do que tristezas, leva-nos a montes da desgraça, transformando-se em felicidade para um dia recordarmos à custa de quem nunca desiste de pedalar. E como diz um amigo meu, – Um dia não são todos os dias – subentendam-se os leitores do blog, sobre a verdade da foto.

O morto da Foto

2 comentários:

Anónimo disse...

Olá quedas eu sabia,e quem te conhece bem sabe que não ias ficar calado Ho Ho.....tens de os pôr na linha, sabes, eles são jovens e como tal não valorizam quem muito dá ao BTT, seja em sofrimento seja em companhia agradável como a tua. Para mim és e serás sempre, aquele que quero ter por perto.
Parabéns pelo teu relato e espero que esses jovens aprendam algo contigo. Amizade que é o que tu sabes dar e nada mais.
Um abraço.
Um admirador teu

Helder Linhares disse...

Uma chamada de atenção ao Sr. ANONIMO se volta a colocar mensagens no nosso blogue e não se identifica, na proxima vez a sua mensagem vai direitinha pra reciclagem.
É só um aviso ao amigo do Quedas.
Cump,
O Administrador do Blogue