Foi, com mais, este mote, que o MaiaBttTeam, se representou, na 6ª Maratona de Beselga, e com este partilhamos um, brevíssimo, relato do ocorrido.
Segundo as informações, do IM, (Instituto de Meterologia), de possível temporal, no fim-de-semana de 13/15 de Novembro, para todo o País, nós, ainda mal refeitos do acontecido em Barcelos, pressentiam-nos de igual os objectivos para Beselga.
Chega o Sábado e com ele as melhorias climatéricas.
Obrigado pela logística da viagem, separo-me da “minha menina”, seguindo eu, bem mais confortável do que ela, num carro e ela noutro. Foi emotiva esta separação. Em contrapartida é a primeira a chegar ao destino.
A minha viagem sofre alguns percalços de orientação, não fosse da gaja do GPS, que insistia por trajectos diferentes do meu, teríamos chegado a horas decentes ao destino. Tardiamente instalados, demos inicio ao, tradicional, jantar de confraternização conjuntamente com as já conhecidas presenças nesta maratona.
Dia 13, e o porquê desta referência? Para quem, no meu caso, participou nas seis presenças, coincidem três, importantes, ocorrências. Joga Portugal, ou, Benfica, alguém festeja a sua data de nascimento, cabendo a esta última, o Jorge.
É na pequena sala de jantar, da estalagem, esgotada por arrojados betetistas, que se cantou os parabéns e ofertou-se bolo e champanhe. O aniversariante, tímido como o conhecemos, sentiu-se, em casa, rodeado de muitos congéneres da prática do pedal. Findo o repasto, quem quis pôs os telefonemas em dia, mesmo com algumas dificuldades das redes, deu-se um pequeno giro pela zona, com a habitual visita ao café, por nós escolhido para esta ocasião.
Termina-se a noite com uma visita à cave, da estalagem, e brinde da despedida, ofertado pelo dono da casa. Eu e o Jorge, acertávamos o dia D, na ida até à meta, descida de 6 km. Dúvidas??? Só mesmo a incerteza do tempo e a certeza do frio que se faz sentir, quase todos os dias, nestas, épocas e zonas Beirãs.
Dia D. Verifico o tempo pela janela, instável mas bom para pedalar, dou o alerta ao meu companheiro de quarto que, prontamente se levantou, carregado de vontade em trilhar os trilhos do Ceireiro. Discute-se o equipamento a levar, mas eu preparo-me para o previsto pelo IM.
Depois de um, reforçado, pequeno-almoço, descemos as “meninas”, que se encontravam encharcadas e geladas, (é o termo). Colocados os dorsais, 5 Jorge Leite e 340 Quedas, seguimos, três, rumo á meta da prova, após a saída dos restantes que foram de carro.
Impreterivelmente, às 09h, dá-se início à prova, que contava com 735 atletas, número este, após o alargamento das inscrições por parte da Organização, uma vez que o limite era de 500. Haveria mais, não fosse a humildade da Organização no gerir das suas capacidades de sucesso.
Uma novidade, (pelo menos para mim), marcou a prova, na introdução do CHIP electrónico, para controlar os tempos da Maratona e somente nesta, os restantes eram controlados pela forma normal.
Com um brinquedo novo no tornozelo, iniciamos a cruzada Beselguense, sem antes tentar encontrar os restantes Amigos da nossa digressão, que, pelo que se soube mais tarde, ainda estavam a equiparem-se.
Sobre o trajecto, no que me toca a observar, para além da sua dureza, foi igual a si mesmo, compreende-se o facto de a terra não ser muito grande e como tal a prova circundar os montes que banham a aldeia. Subida às eólicas é o “cancro” da prova, derrotando os mais incautos e domingueiros, acautelando os mais experientes. Engraçado de ouvir, um pouco por todo o pelotão, frases como; - aí está ela…..; fosgasssssssss, já fui; ó chefe, onde é o fim desta gaja???; ect…ect… resultando em algumas desistências mesmo antes do sentir, o zaaaaaz, zaaaaaz, das pás industriosas. No cimo desta reencontramo-nos e prosseguimos até à divisão da prova, sem antes trocar felicitações de praxe, onde cada um seguiu o seu objectivo. O Jorge na meia e eu na maratona.
Com os bites nos ouvidos, supero uma queda de açúcar, (uma infantilidade minha), durante 27 km, até ao último reforço, seguindo, já bem nutrido, até á meta, sem antes eu, e um adversário, entrarmos por um canal de água, desatentos às indicações no terreno. Falando destas, como sempre, nada a opor, e até, para quem me conhece, não me perdi.
Já na meta reencontro o Jorge pronto para pegar na minha “menina”, e seguir viagem, eu, (mais uma falha da minha cabeça), se tivesse posto o saco no carro do Jorge, não custaria esperar, como custou, pelos restantes companheiros.
Refeitos do esforço, seguimos viagem de regresso, satisfeitos com a, nossa prestação e a Organização.
Bom acolhimento e acompanhamento aos participantes na partida, chegada, e durante a prova, trajectos bem sinalizados e acessíveis a todos, que gostam do pedal, do envolvimento da população, nos, reforços e almoço final.
Despedida com auscultação, aos atletas, por parte da Organização, da sua satisfação referente à prova.
A lamentar; falha do apoio por parte dos bombeiros Locais. Estes não são pagos, mas solicitados para o evento, relegando a emergência, como aconteceu, tendo o atleta sido retirado do terreno por um elemento da Organização. Este reparo não atinge a mesma, mas a falta de sensibilidade e bom senso dos Soldados da Paz, com quem deveríamos contar.
Não chegariam duas paisagens para relatar a nossa prestação e satisfação, sentida, em mais uma presença neste evento. Houve uma estrela que cintilou, embelezou, harmonizou Beselga, não na chegada natalícia, mas na 6ª Maratona dos Caminhos do Cereiro. A beleza natural, cultural Beirã, contribuíram para mais um sucesso da prova, tendo o São Pedro, participado na mesma, obtendo um primeiríssimo lugar.
Para os restantes mebros, MaiaBttTeam, fica o desafio; a 7ª Maratona de Beselga.
Sentir é obter, explicar é um desafio.
Jorge Leite
E
Quedas
3 comentários:
Excelente texto este,com tudo lá dentro!parabens!
É verdade...
Aqueles kms finais foram intensos! De tal forma que nem reparámos nas fitas e entrámos pelo rio a dentro...
Aquela água estava gelada! No entanto acho que provocou uma reacção positiva nos meus músculos.
Acho que se não fosse o nosso "despique" tinha-me custado bastante mais.
Até breve...por esses trilhos.
Afinal eras tu, o provocador do enorme sprint final.Obrigado pela companhia e pelobanho.
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